Economizar é fundamental para conquistar bens materiais, alcançar objetivos, realizar sonhos e, principalmente, não se endividar, sendo este um problema cada dia mais comum no Brasil.
Com isso, o primeiro passo para poupar e criar uma relação saudável com o dinheiro é a educação financeira tendo em vista que seu papel não é apenas reduzir gastos e despesas, mas fazê-lo compreender o valor do dinheiro, tendo consciência sobre como gasta, economiza e investe.
Sem esse preparo é natural que você tenha uma relação prejudicial com o consumo, o que te leva a gastar mais dinheiro com coisas supérfluas e que prejudicam sua saúde financeira.
Descubra, abaixo, alguns dos motivos que podem estar aumentando seus gastos no dia a dia.
O descontrole das finanças não é exatamente uma exceção no país. Segundo dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), cerca de 69,7% da população está endividada e muitos apontam a impossibilidade de quitar suas dívidas por não terem dinheiro suficiente.
A situação é ainda mais complexa quando se trata das famílias, pois, como aponta a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 70,9% das famílias brasileiras se encontram atualmente endividadas, sendo um número recorde no país.
Esse cenário pode ser motivo de estresse e insegurança para muitos, que não só veem seu padrão de vida comprometido, como podem acabar em uma verdadeira bola de neve financeira.
Guardar dinheiro é importante e ajuda a afastar perrengues financeiros, mas para isso é preciso entender o que te leva a gastar mais dinheiro do que realmente pode no dia a dia, podendo organizar sua financeira e, até mesmo, iniciar uma reserva de emergência e fazer investimentos.
Alguns dos principais motivos que te levam a ter mais gastos, são:
Não ter uma visão clara de quanto se ganha e gasta é o principal ponto para perder o controle. A melhor alternativa é organizar o orçamento e, aliás, existem diversas ferramentas no mercado que te ajudam a administrar melhor seu dinheiro, além de fazê-lo render mais que a poupança.
A falta de educação financeira leva ao uso do crédito de maneira irresponsável, pois sem conhecimento é natural você concordar com todas as condições de empréstimos e demais serviços financeiros, caindo em armadilhas que levam ao acúmulo de dívidas.
O acesso a serviços como cartão de crédito, cheque especial e crédito rotativo pode virar um verdadeiro pesadelo. Isso porque existem alguns modelos que têm os maiores juros praticados no mercado e, principalmente usados de forma combinada, tendem a comprometer a renda.
Fazer um parcelamento de um valor alto ou ter várias parcelas combinadas também te leva a gastar mais dinheiro do que deveria, prejudicando suas finanças. O ideal é que todas as parcelas, incluindo cartões de crédito, não representem mais de 30% da renda líquida.
Quem não tem um objetivo em mente, fica mais propenso a gastar seu dinheiro de forma irresponsável. Já com um propósito, é mais fácil resistir às tentações. Assim, dificilmente você compromete seu grande objetivo por uma “recompensa” momentânea.
“Eu realmente preciso disso?”. Uma vitrine atrativa ou promoções sazonais podem levar às compras impulsivas. Tente esperar pelo menos um dia para fazer a compra e descobrir se você ainda sente necessidade de levar o produto para casa.
Pensar que consumir é importante para ser aceito também e, é um caminho para gastar mais do que pode. É importante entender seu padrão de vida e fazer planejamento para adquirir bens de forma responsável.
Quem nunca comprou algo e se arrependeu depois? Segundo uma pesquisa do SPC Brasil, 52% dos brasileiros fazem compras por impulso com frequência. E isso, muitas vezes, acontece por conta dos gatilhos emocionais, como gatilho da tristeza, da euforia, ou da escassez, por exemplo.
A boa notícia é que existem várias medidas práticas que vão te ajudar a cuidar do seu dinheiro, podendo investi-lo com consciência e responsabilidade para melhor sua saúde financeira.
Para te ajudar nesse processo, separamos algumas dicas práticas. Confira:
Comece registrando seus gastos e ganhos. Verifique se existem valores supérfluos que podem ser cortados. Depois, separe o quanto você pode gastar no mês por setor, como lazer e alimentação.
Se você quer fazer uma viagem, comprar um carro, entre outros, transforme isso em uma meta, pois ao ter um objetivo financeiro em mente se torna mais fácil você se manter focado na organização de suas finanças, evitando gastar mais dinheiro do que pode.
Se apaixonou por algum produto? Deixe para fazer a compra no dia seguinte. Assim, você terá tempo suficiente para refletir se realmente precisa daquilo ou se é uma vontade passageira.
Inteligência emocional também é uma aliada do orçamento. Entendendo melhor suas motivações, você consegue usar seus recursos de forma mais racional e evitar dores de cabeça.
A educação financeira e um bom planejamento são instrumentos poderosos para aprender a economizar dinheiro e conseguir realizar seus objetivos e sonhos. Com isso, as boas práticas vão te ajudar na construção da tão sonhada relação saudável com as finanças!