Comprar ou alugar um imóvel: como saber o que vale mais a pena? Essa é uma pergunta que, antes de ser respondida, precisa de uma boa análise. É importante entender vários fatores, como planejamento financeiro, custos envolvidos, planos de vida e de carreira.
O sonho de ter a casa própria deixou de ser prioridade de investimento entre os brasileiros, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) em parceria com o Data Folha.
Graças à insegurança causada por períodos de crise e imprevistos financeiros, a maioria das pessoas tem preferido manter uma reserva de emergência, por exemplo. Por isso, o aluguel passou a ser visto como uma opção melhor em muitas situações.
Obviamente que isso não anula a compra de um imóvel. Para entender o que faz mais sentido para você, reunimos vantagens e desvantagens sobre a compra e aluguel de um imóvel, além de informações sobre o que considerar antes da decisão.
Morar de aluguel é uma alternativa para quem não tem recursos financeiros para comprar um imóvel à vista ou parcelar alguma opção de financiamento. Além disso, a locação pode ser mais vantajosa e econômica para quem quer mais flexibilidade.
Por exemplo, você quer conhecer uma nova cidade, um país ou, até mesmo, um bairro. Ou então você acabou de receber um convite para dividir o valor do aluguel e outras despesas com um amigo.
Nessas e tantas outras situações, a locação é uma medida de segurança para ter certeza de que o local será uma moradia definitiva ou apenas uma fase da sua vida. Apesar desses benefícios, as desvantagens podem ser algumas limitações que o imóvel alugado traz, como dificuldades para fazer grandes reformas.
A compra de um imóvel é um investimento alto. Quando não é feito à vista, as opções mais comuns de pagamentos são financiamentos ou consórcios. O primeiro funciona como um empréstimo, o consumidor adquire a dívida da compra do imóvel e devolve o valor em prestações com juros.
No consórcio, um grupo de interessados contribui com um determinado valor mensal que será revertido para a compra do imóvel. A cada 30 dias, acontecem leilões e sorteios para contemplar os participantes.
Qualquer que seja o método de compra escolhido, é importante analisar a real situação financeira do momento, considerando uma fonte de renda estável (salário fixo), por exemplo. Dessa forma, você consegue manter o seu compromisso e aproveita as vantagens de ter um imóvel próprio no futuro.
Como você percebeu, tudo depende do seu momento de vida em relação aos planos pessoais e, também, de planejamento financeiro. Comprar é um investimento maior que tem seus benefícios, mas alugar também pode ser estratégico.
Além de entender e definir o que deve ser prioridade para o seu momento, existem contas que podem ser feitas para você compreender qual é a melhor escolha de forma prática. Para começar, um cálculo simples é dividir o valor do aluguel pelo valor do imóvel. O resultado significa quanto você está pagando de aluguel em relação ao que o imóvel vale.
Digamos que você paga um aluguel de R$ 1 mil e o valor do imóvel é R$ 300 mil. Logo, a conta é: 1.000 / 300.000 = 0,003 (0,3%).
A taxa de retorno é 0,3%. Isso significa que ao aplicar os R$ 300 mil em qualquer aplicação financeira que ofereça um rendimento maior que 0,3% ao mês pagará juros suficientes para pagar o aluguel e ainda reinvestir o que sobra. Nesse caso, a locação compensa!
Alguns sites oferecem essas simulações para você inserir os valores e fazer as comparações entre imóvel próprio ou alugado. Saiba mais detalhes sobre como fazer isso.
Comprar ou alugar um imóvel é uma decisão que influencia sua vida financeira a longo prazo. Por isso, ninguém melhor do que você para entender o que faz mais sentido, levando em consideração suas condições no presente e seus planos futuros. Por isso, não deixe se influenciar pela pressão de amigos ou família e faça a escolha que mais se enquadra em seu cenário atual.