Quando o assunto é trazer mais rendimento e liberdade, o mercado financeiro apresenta inúmeras possibilidades de investimento para pessoas que desejam começar a multiplicar seu patrimônio.
Entre as opções, os investimentos de renda fixa costumam ser os mais recomendados para novos investidores, pois apresentam baixo risco e ganhos atrativos. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e o Tesouro Direto, por exemplo, são opções de investimentos que reúnem essas características e podem ser ótimas alternativas para começar com o pé direito.
Antes de mais nada, é preciso entender como funciona cada uma dessas modalidades.
O termo CDB é a abreviação de Certificado de Depósito Bancário, um ativo disponibilizado por instituições financeiras com o objetivo de recolher investimento para projetos de concessão de créditos a seus clientes. Resumindo, você estará emprestando dinheiro para que o banco empreste a seus clientes, recebendo uma parte dos ganhos. Existem três modalidades de CDBs:
Já o Tesouro Direto é uma modalidade oferecida pelo Tesouro Nacional destinada a pessoas físicas. O governo democratiza o acesso a títulos públicos por meio desse ativo e obtém os recursos necessários para financiamento da infraestrutura pública do país. Para os investidores, a vantagem é contar com uma maneira de ter rendimentos mais atraentes que a poupança de forma segura, considerado um dos pontos-chave na hora de escolher os investimentos.
Além disso, esse investimento também conta com as três formas de remuneração, a diferença fica por conta do pós-fixado, pois no Tesouro Direto seu rendimento está atrelado à Taxa Selic.
Com isso, ambas as opções são voltadas para o perfil de investidor mais conservador, isto é, aquele que busca ter ganhos reais sem grandes riscos e com a maior segurança possível, desde que fique investido até o vencimento do título.
Ambos os investimentos pertencem ao modelo chamado de renda fixa e por isso é possível prever a rentabilidade dos valores aplicados, mas ainda assim existem algumas diferenças entre eles.
Entre as diferenças está a “marcação a mercado”, uma reprecificação diária (revisão do valor) que se aplica ao Tesouro Direto e é feita com base na atualização dos valores dos investimentos dessa categoria, sendo o principal fator para os investidores que quiserem resgatar um título antecipadamente, podendo valer menos do que permanecendo até o final do contrato.
Já o CDB conta com a “marcação de curva”, em que os valores dos investimentos não são atualizados diariamente com as oscilações que ele sofre. No caso, esse cálculo é simplificado e considera apenas a taxa de juros ao ano, acordada no início da aplicação. Ou seja, se o CDB tiver juros de 10% ao ano, esse percentual se transformará em uma taxa diária, sendo adicionado diariamente no valor do investimento até a data de vencimento.
Além disso, existem outras diferenças. Confira o que muda em cada um dos investimentos:
No caso dos CDBs, alguns oferecem liquidez diária enquanto outros exigem um período mínimo de carência, o que torna o resgate antecipado bem difícil. No caso do Tesouro, os títulos podem ser resgatados de maneira antecipada, já que o Governo garante a compra dos títulos diariamente.
No geral, resgates antecipados podem prejudicar a rentabilidade. Ou seja, no momento de vender, o título pode estar abaixo do valor pelo qual você comprou.
Ambos os investimentos pertencem à categoria renda fixa, por isso são considerados bastante seguros, desde que fique até o vencimento do título. No entanto, há pequenas diferenças. No caso do Tesouro Direto, quem dá a garantia é o Governo, em outras palavras, você só terá prejuízo se o estado falir — e mesmo numa situação extrema, ele pode chegar a emitir papel moeda para honrar seus compromissos.
Já no caso do CDB, existe algo chamado Fundo Garantidor de Créditos, oferecendo a mesma segurança que a poupança, por exemplo. Na prática, caso a instituição que emitir o título quebre ou não consiga honrar com seus compromissos, existe uma cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, sendo que o limite é de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Isso significa que você receberá o valor investido e os juros rendidos até o momento.
Ambas tributações são equivalentes. No Tesouro Direto, existe uma cobrança semestral de taxa de custódia (taxa cobrada mensalmente para armazenar os títulos e ações) pela Bolsa de Valores. Já no caso dos CDBs, pode haver uma taxa de administração cobrada pelas instituições financeiras e corretoras para pagar os custos com a equipe e movimentações na conta, porém, no Mercado Pago você investe sem a necessidade de pagar qualquer tipo de taxa.
Em relação aos tributos, quanto maior o prazo de investimento, menor o percentual de imposto. Ao fazer um investimento cuja maturidade é de até 180 dias, a alíquota é de 22,5%. Já para prazos de 181 a 360 dias, será de 20%, enquanto os títulos com vencimento de 361 a 720 dias, têm descontos de 17,5%. Por outro lado, os investimentos que possuem prazos acima de 720 dias tem alíquota de Imposto de Renda de 15%.
As duas opções são muito parecidas desse ponto de vista, oferecendo baixíssimo risco. Quando se trata do CDB, o principal ponto de atenção é procurar uma instituição financeira confiável. Além disso, no Tesouro Direto, apesar de ver a oscilação de valor, ao ficar até o vencimento você receberá exatamente a rentabilidade que foi contratada.
O Tesouro Direto oferece opções com investimento inicial baixíssimo, a partir do valor de R$ 30,00.
Escolher inserir um CDB no seu portfólio de investimento no geral tinha um custo maior. Os valores variam conforme a instituição escolhida, mas atualmente já existem alternativas com aportes iniciais mais acessíveis, inclusive a partir de 1 real.
Ambos os ativos podem ter três tipos de rentabilidade, sendo o pós-fixado atrelado a taxa de juros, prefixado e híbrido. No entanto, o Tesouro Direto usa a Taxa Selic como indicador de juros, enquanto o CDB tem esse indicador baseado no CDI.
Para você definir em qual das duas opções começará a investir seu dinheiro, é importante fazer simulações e ver como o seu dinheiro renderia dentro de um prazo específico.
Nesse caso, vamos supor que você tem um aporte inicial de R$ 10 mil e deseja investir cerca de R$ 500,00 mensalmente por um período de 2 anos. Os rendimentos em cada investimento serão:
Tipo de Investimento |
Valor total investido |
Valor líquido com os impostos descontados |
Rentabilidade |
Tesouro Selic |
R$ 22 mil |
R$ 25.592,74 |
R$ 3.592,74 |
CDB (127% do CDI) |
R$ 22 mil |
R$ 26.727,72 |
R$ 4.727,72 |
Poupança |
R$ 22 mil |
R$ 23.987,58 |
R$ 1.987,58 |
Investir pode ser uma ótima maneira de criar reservas de emergência e melhorar suas finanças a longo prazo. E isso pode ser mais simples do que você imagina, pois, diversas instituições financeiras permitem que você comece a investir seu dinheiro de maneira prática e segura.
Faça seu dinheiro multiplicar com investimentos inteligentes!