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CDB ou Tesouro direto: qual é o melhor para você?

Escrito por Equipe Mercado Pago | Jul 4, 2022 2:54:47 PM

Quando o assunto é trazer mais rendimento e liberdade, o mercado financeiro apresenta inúmeras possibilidades de investimento para pessoas que desejam começar a multiplicar seu patrimônio. E entre as opções disponíveis, os investimentos de renda fixa costumam ser os mais recomendados para novos investidores, justamente por apresentarem baixo risco e ganhos atrativos. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e o Tesouro Direto, por exemplo, são opções de investimentos que reúnem essas características e podem ser ótimas alternativas para começar com o pé direito.  

 

 

O que é CDB e Tesouro Direto? 

O termo CDB é a abreviação de Certificado de Depósito Bancário, um ativo disponibilizado por instituições financeiras com o objetivo de recolher investimento para projetos de concessão de créditos a seus clientes. Resumindo, você estará emprestando dinheiro para que o banco empreste a seus clientes, recebendo uma parte dos ganhos. Existem três modalidades de CDBs: 

  • pós-fixado: é o mais popular e seu rendimento está atrelado ao CDI (Certificado de Depósitos Interbancários); 

  • pré-fixado: como o nome indica, tem rentabilidade estabelecida antes da contratação, assim você sabe quanto receberá ao final do contrato; 

  • híbrido: nesse caso, o titular recebe um montante equivalente à soma de uma taxa pré-fixada e um índice pós-fixado. 

 

Já o Tesouro Direto é uma modalidade oferecida pelo Tesouro Nacional destinada a pessoas físicas. O governo democratiza o acesso a títulos públicos por meio desse ativo e obtém os recursos necessários para financiamento da infraestrutura pública do país. Para os investidores, a vantagem é contar com uma maneira de ter rendimentos mais atraentes que a poupança de forma segura, considerado um dos pontos-chave na hora de escolher os investimentos.

Além disso, esse investimento também conta com as três formas de remuneração, a diferença fica por conta do pós-fixado, pois no Tesouro Direto seu rendimento está atrelado à Taxa Selic.

Com isso, ambas as opções são voltadas para o perfil de investidor mais conservador, isto é, aquele que busca ter ganhos reais sem grandes riscos e com a maior segurança possível, desde que fique investido até o vencimento do título.

 

As diferenças entre o CDB e o Tesouro Direto

Ambos os investimentos pertencem ao modelo chamado de renda fixa e por isso é possível prever a rentabilidade dos valores aplicados, mas ainda assim existem algumas diferenças entre eles. 

Entre as diferenças está a “marcação a mercado”, uma reprecificação diária (revisão do valor) que se aplica ao Tesouro Direto e é feita com base na atualização dos valores dos investimentos dessa categoria, sendo o principal fator para os investidores que quiserem resgatar um título antecipadamente, podendo valer menos do que permanecendo até o final do contrato. 

Já o CDB conta com a “marcação de curva”, em que os valores dos investimentos não são atualizados diariamente com as oscilações que ele sofre. No caso, esse cálculo é simplificado e considera apenas a taxa de juros ao ano, acordada no início da aplicação. Ou seja, se o CDB tiver juros de 10% ao ano, esse percentual se transformará em uma taxa diária, sendo adicionado diariamente no valor do investimento até a data de vencimento.

Além disso, existem outras diferenças. Confira o que muda em cada um dos investimentos: 

 

  • Liquidez

No caso dos CDBs, alguns oferecem liquidez diária enquanto outros exigem um período mínimo de carência, o que torna o resgate antecipado bem difícil. No caso do Tesouro, os títulos podem ser resgatados de maneira antecipada, já que o Governo garante a compra dos títulos diariamente.

No geral, resgates antecipados podem prejudicar a rentabilidade. Ou seja, no momento de vender, o título pode estar abaixo do valor pelo qual você comprou. 

 

  • Segurança

Ambos os investimentos pertencem à categoria renda fixa, por isso são considerados bastante seguros, desde que fique até o vencimento do título. No entanto, há pequenas diferenças. No caso do Tesouro Direto, quem dá a garantia é o Governo, em outras palavras, você só terá prejuízo se o estado falir — e mesmo numa situação extrema, ele pode chegar a emitir papel moeda para honrar seus compromissos.

Já no caso do CDB, existe algo chamado Fundo Garantidor de Créditos, oferecendo a mesma segurança que a poupança, por exemplo. Na prática, caso a instituição que emitir o título quebre ou não consiga honrar com seus compromissos, existe uma cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, sendo que o limite é de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Isso significa que você receberá o valor investido e os juros rendidos até o momento. 

 

  • Custos e tributações

A tabela de tributação do Imposto de Renda é a mesma tanto para o Tesouro Direto quanto para os CDBs: quanto maior o tempo de investimento, menor a alíquota aplicada. No Tesouro Direto, há a cobrança de taxa de custódia de 0,20% ao ano, cobrada pela B3 (a Bolsa de Valores), para armazenar e administrar os títulos públicos.

Já os CDBs podem ter ou não taxa de administração, dependendo da instituição financeira. No caso do Mercado Pago, por exemplo, você pode investir sem cobrança de taxas. Em relação ao Imposto de Renda, a tributação segue a tabela regressiva: 22,5% para aplicações de até 180 dias; 20% de 181 a 360 dias; 17,5% de 361 a 720 dias; e 15% para aplicações acima de 720 dias.

 

  • Risco

As duas opções são muito parecidas desse ponto de vista, oferecendo baixíssimo risco. Quando se trata do CDB, o principal ponto de atenção é procurar uma instituição financeira confiável. Além disso, no Tesouro Direto, apesar de ver a oscilação de valor, ao manter o seu dinheiro aplicado até o vencimento, você receberá exatamente a rentabilidade que foi contratada.

 

  • Investimento mínimo 

O Tesouro Direto oferece opções com investimento inicial baixíssimo, a partir do valor de R$ 30,00. Escolher inserir um CDB no seu portfólio de investimento no geral tinha um custo maior. Os valores variam conforme a instituição escolhida, mas atualmente já existem alternativas com aportes iniciais mais acessíveis, inclusive a partir de 1 real

 

  • Rentabilidade

Ambos os ativos podem ter três tipos de rentabilidade, sendo o pós-fixado atrelado a taxa de juros, prefixado e híbrido. No entanto, o Tesouro Direto usa a Taxa Selic como indicador de juros, enquanto o CDB tem esse indicador baseado no CDI. 

 

 

Simulação para investir no CDB ou Tesouro Direto 

Para você definir em qual das duas opções começará a investir seu dinheiro, é importante fazer simulações e ver como o seu dinheiro renderia dentro de um prazo específico. Nesse caso, vamos supor que você tem um aporte inicial de R$ 10 mil e deseja investir cerca de R$ 500 mensalmente por um período de 2 anos.

Os rendimentos em cada investimento serão:

 

Tipo de Investimento

Valor total investido

Valor líquido com os impostos descontados

Rentabilidade

Tesouro Selic

R$ 22 mil

R$ 25.592,74

R$ 3.592,74

CDB (127% do CDI)

R$ 22 mil

R$ 26.727,72

R$ 4.727,72 

Poupança

R$ 22 mil

R$ 23.987,58

R$ 1.987,58

 

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