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CDB ou Tesouro direto: qual é o melhor para você?

7 min de leitura Atualizado em 04/12/2024
Mulheres analisando dados sobre investimentos no tablet

Quando o assunto é trazer mais rendimento e liberdade, o mercado financeiro apresenta inúmeras possibilidades de investimento para pessoas que desejam começar a multiplicar seu patrimônio.

Entre as opções, os investimentos de renda fixa costumam ser os mais recomendados para novos investidores, pois apresentam baixo risco e ganhos atrativos. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e o Tesouro Direto, por exemplo, são opções de investimentos que reúnem essas características e podem ser ótimas alternativas para começar com o pé direito.  

O que é CDB e Tesouro Direto? 


Antes de mais nada, é preciso entender como funciona cada uma dessas modalidades. 

O termo CDB é a abreviação de Certificado de Depósito Bancário, um ativo disponibilizado por instituições financeiras com o objetivo de recolher investimento para projetos de concessão de créditos a seus clientes. Resumindo, você estará emprestando dinheiro para que o banco empreste a seus clientes, recebendo uma parte dos ganhos. Existem três modalidades de CDBs: 

 

  • pós-fixado: é o mais popular e seu rendimento está atrelado ao CDI (Certificado de Depósitos Interbancários); 
  • pré-fixado: como o nome indica, tem rentabilidade estabelecida antes da contratação, assim você sabe quanto receberá ao final do contrato; 
  • híbrido: nesse caso, o titular recebe um montante equivalente à soma de uma taxa pré-fixada e um índice pós-fixado. 

 

Já o Tesouro Direto é uma modalidade oferecida pelo Tesouro Nacional destinada a pessoas físicas. O governo democratiza o acesso a títulos públicos por meio desse ativo e obtém os recursos necessários para financiamento da infraestrutura pública do país. Para os investidores, a vantagem é contar com uma maneira de ter rendimentos mais atraentes que a poupança de forma segura, considerado um dos pontos-chave na hora de escolher os investimentos.

Além disso, esse investimento também conta com as três formas de remuneração, a diferença fica por conta do pós-fixado, pois no Tesouro Direto seu rendimento está atrelado à Taxa Selic.

Com isso, ambas as opções são voltadas para o perfil de investidor mais conservador, isto é, aquele que busca ter ganhos reais sem grandes riscos e com a maior segurança possível, desde que fique investido até o vencimento do título.

 

As diferenças entre o CDB e o Tesouro Direto


Ambos os investimentos pertencem ao modelo chamado de renda fixa e por isso é possível prever a rentabilidade dos valores aplicados, mas ainda assim existem algumas diferenças entre eles. 

Entre as diferenças está a “marcação a mercado”, uma reprecificação diária (revisão do valor) que se aplica ao Tesouro Direto e é feita com base na atualização dos valores dos investimentos dessa categoria, sendo o principal fator para os investidores que quiserem resgatar um título antecipadamente, podendo valer menos do que permanecendo até o final do contrato. 

Já o CDB conta com a “marcação de curva”, em que os valores dos investimentos não são atualizados diariamente com as oscilações que ele sofre. No caso, esse cálculo é simplificado e considera apenas a taxa de juros ao ano, acordada no início da aplicação. Ou seja, se o CDB tiver juros de 10% ao ano, esse percentual se transformará em uma taxa diária, sendo adicionado diariamente no valor do investimento até a data de vencimento.

Além disso, existem outras diferenças. Confira o que muda em cada um dos investimentos: 

 

  • Liquidez

No caso dos CDBs, alguns oferecem liquidez diária enquanto outros exigem um período mínimo de carência, o que torna o resgate antecipado bem difícil. No caso do Tesouro, os títulos podem ser resgatados de maneira antecipada, já que o Governo garante a compra dos títulos diariamente.

No geral, resgates antecipados podem prejudicar a rentabilidade. Ou seja, no momento de vender, o título pode estar abaixo do valor pelo qual você comprou. 

 

  • Segurança

Ambos os investimentos pertencem à categoria renda fixa, por isso são considerados bastante seguros, desde que fique até o vencimento do título. No entanto, há pequenas diferenças. No caso do Tesouro Direto, quem dá a garantia é o Governo, em outras palavras, você só terá prejuízo se o estado falir — e mesmo numa situação extrema, ele pode chegar a emitir papel moeda para honrar seus compromissos.

Já no caso do CDB, existe algo chamado Fundo Garantidor de Créditos, oferecendo a mesma segurança que a poupança, por exemplo. Na prática, caso a instituição que emitir o título quebre ou não consiga honrar com seus compromissos, existe uma cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, sendo que o limite é de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Isso significa que você receberá o valor investido e os juros rendidos até o momento. 

 

  • Custos e tributações

Ambas tributações são equivalentes. No Tesouro Direto, existe uma cobrança semestral de taxa de custódia (taxa cobrada mensalmente para armazenar os títulos e ações) pela Bolsa de Valores. Já no caso dos CDBs, pode haver uma taxa de administração cobrada pelas instituições financeiras e corretoras para pagar os custos com a equipe e movimentações na conta, porém, no Mercado Pago você investe sem a necessidade de pagar qualquer tipo de taxa. 

Em relação aos tributos, quanto maior o prazo de investimento, menor o percentual de imposto. Ao fazer um investimento cuja maturidade é de até 180 dias, a alíquota é de 22,5%. Já para prazos de 181 a 360 dias, será de 20%, enquanto os títulos com vencimento de 361 a 720 dias, têm descontos de 17,5%. Por outro lado, os investimentos que possuem prazos acima de 720 dias tem alíquota de Imposto de Renda de 15%. 

 

  • Risco

As duas opções são muito parecidas desse ponto de vista, oferecendo baixíssimo risco. Quando se trata do CDB, o principal ponto de atenção é procurar uma instituição financeira confiável. Além disso, no Tesouro Direto, apesar de ver a oscilação de valor, ao ficar até o vencimento você receberá exatamente a rentabilidade que foi contratada.

 

  • Investimento mínimo 

O Tesouro Direto oferece opções com investimento inicial baixíssimo, a partir do valor de R$ 30,00.

Escolher inserir um CDB no seu portfólio de investimento no geral tinha um custo maior. Os valores variam conforme a instituição escolhida, mas atualmente já existem alternativas com aportes iniciais mais acessíveis, inclusive a partir de 1 real

 

  • Rentabilidade

Ambos os ativos podem ter três tipos de rentabilidade, sendo o pós-fixado atrelado a taxa de juros, prefixado e híbrido. No entanto, o Tesouro Direto usa a Taxa Selic como indicador de juros, enquanto o CDB tem esse indicador baseado no CDI. 

 

 

Simulação para investir no CDB ou Tesouro Direto 


Para você definir em qual das duas opções começará a investir seu dinheiro, é importante fazer simulações e ver como o seu dinheiro renderia dentro de um prazo específico. 

Nesse caso, vamos supor que você tem um aporte inicial de R$ 10 mil e deseja investir cerca de R$ 500,00 mensalmente por um período de 2 anos. Os rendimentos em cada investimento serão:

 

Tipo de Investimento

Valor total investido

Valor líquido com os impostos descontados

Rentabilidade

Tesouro Selic

R$ 22 mil

R$ 25.592,74

R$ 3.592,74

CDB (127% do CDI)

R$ 22 mil

R$ 26.727,72

R$ 4.727,72 

Poupança

R$ 22 mil

R$ 23.987,58

R$ 1.987,58

 

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