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Juros no cartão? Entenda como funciona o crédito rotativo

Escrito por Equipe Mercado Pago | Dec 23, 2022 11:00:00 AM

Se tem uma coisa que tira o sono de qualquer pessoa, é quando a fatura do cartão chega. Naquele instante tudo passa por sua cabeça e você até se pergunta: “quando eu achei que era rica e gastei tudo isso?”. Pois é, parece que aquelas comprinhas do dia a dia nem eram tantas assim, mas se tornaram uma verdadeira lista quilométrica de gastos, não é mesmo?

 O maior problema disso é quando você não consegue se planejar para pagar a fatura, pagando fora do prazo ou um valor menor do que o total, gerando o temido crédito rotativo, que é o valor que você não conseguiu pagar da sua fatura atual, transferido para o próximo mês, com a incidência de juros sobre ele – que por sinal, é um dos juros mais caros do mercado!

Este pequeno vilão faz sua dívida crescer ainda mais e pode até mesmo te enfiar em uma bola de neve cheia de dívidas e dores de cabeça. Por isso, é essencial ter cuidado e atenção. 

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Como o crédito rotativo impacta sua vida financeira

Sabe quando você olha para sua fatura e fala: “vou pagar somente o mínimo e depois me viro”? 

Bom, é nessa hora que você abre as portas da vida para que o crédito rotativo comece a fazer parte dela. Esse valor que ficou em aberto chegará na próxima fatura com juros que podem ser altíssimos, e comprometer aquela compra específica, abalar seu orçamento para os próximos meses ou até mesmo estragar uma viagem que havia planejado.

Apesar da palavra crédito significar algo bom, neste caso não é muito. Afinal, o crédito rotativo é uma espécie de empréstimo que o banco te dá quando você não paga o valor total da fatura do seu cartão de crédito. Em outras palavras, é como se o banco te emprestasse o dinheiro que você não tem para pagar ele mesmo e não para por aí, por bancar essa parte faltante, ele também cobra um valor a mais pela “comodidade”, mas que no fim das contas se torna algo bem caro.

E quando o assunto é crédito rotativo também é preciso se atentar a existência dos tipos que existem, sendo o regular e o não-regular. O regular, por exemplo, é feito quando você paga o valor entre o mínimo e intermediário da fatura e digamos que este é o mais “tranquilo” dos casos. 

Já o crédito rotativo não regular é quando você não paga a fatura e é aí que a coisa desanda, já que neste caso as taxas de juros são ainda mais altas e você pode ver sua dívida dobrando em pouco tempo.

 

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Preste atenção nas situações em que ele pode ser cobrado

O crédito rotativo pode ser utilizado apenas uma vez ao mês, esse fato ocorre porque o Conselho Monetário Nacional (CMN) obriga aos bancos transferirem essa dívida para o crédito parcelado, que conta com juros menores. Ou seja, mesmo que na pior situação, ainda há luz no fim do túnel, porém, não entrar nela é a melhor saída. 

A taxa do crédito rotativo sofre mudanças mensais e varia de acordo com o Banco Central, podendo ultrapassar 1000% ao ano. Isso significa que, se sua fatura fechar em R$ 1 mil e você fizer um pagamento de R$ 500 e a taxa de juros estiver em 13% ao mês, no próximo mês, quando for cobrada a outra parte, de R$ 500, o valor já com os juros chegará em R$ 565. 

Isso mostra que em menos de um ano no crédito rotativo, uma dívida pode dobrar.

 

6 formas de se proteger financeiramente contra o crédito rotativo

Ficar de olho no uso do cartão de crédito é a melhor forma de se proteger contra o crédito rotativo, mesmo aquelas comprinhas básicas, como um lanchinho e uma pizza no fim de semana, somam para uma fatura mais extensa. E essa fatura mais longa pode pesar no fim do mês, levando você a perder o controle do seu orçamento

Outros detalhes que podem ajudar para que isso passe longe de levar seu suado dinheirinho é:

 

1. Saiba quais são as taxas de juros cobradas

Somente quando sabemos as taxas que temos de pagar é que racionalizamos o uso do dinheiro. Afinal, quando você sabe que com o valor dos juros daria para comprar vários mimos para seu guarda-roupa é que consegue controlar as contas.

 

2. Anote seus gastos para não gastar mais do que pode pagar

Faça planilhas e anote tudo o que puder para saber o quanto está entrando e saindo de dinheiro. Levante todas suas contas fixas e variáveis, assim como todas suas rendas, para saber se o valor que entra não é menor do que o que sai.

 

3. Sempre que puder, pague o total da fatura e evite os juros e encargos

Assim como cuidar para que você não ultrapasse o limite de gastos do mês, é importante também que você pague sempre o valor total, assim poderá evitar a tristeza que é pagar juros.

 

4. Tenha cuidado com as compras parceladas

Parcelar é maravilhoso, mas tenha cuidado ao repetir isso muitas vezes, com parcelas de R$ 50 em R$ 50 é que sua fatura chega a valores altíssimos.

 

5. Verifique se as parcelas cabem no seu orçamento

Por mais que sejam parcelas baixas, quando muitas coisas são parceladas, a fatura sobe e você pode se perder na soma desses valores com as compras do mês, jogando sua fatura lá nas alturas.

 

6. Parcelar sua fatura

Se mesmo após tentar tudo, ainda não conseguir pagar o valor total, opte por parcelar o valor da fatura, assim os juros são menores e você consegue sair desta situação mais facilmente.

 

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Use seu cartão de crédito com responsabilidade e evite imprevistos.

Viu que as contas vão apertar e não vai ter jeito de pagar o total da fatura? Então a melhor saída é parcelar o valor, assim você paga menos juros e não corre o risco de entrar em uma bola de neve. 

Mas lembre-se, mesmo com essa facilidade, é essencial controlar o gasto com cartão de crédito e caso não conseguir parcelar, procure pagar qualquer quantia. O ideal é não deixar sua fatura em aberto, pois dessa forma os juros chegam ao seu ápice, e sua carteira tem um só destino: ficar vazia por um bom tempo só pagando juros.