“O Bitcoin está caindo”. É provável que você tenha lido ou escutado essa frase diversas vezes ao longo do ano e, caso se interesse em comprar e vender criptomoedas, é natural ficar assustado.
Mas calma, nem tudo é o que parece.
O Bitcoin está realmente caindo? Sim, mas depende de como você está analisando a cripto e com qual número tem comparado o preço dos últimos meses. Afinal de contas, essa moeda apresenta uma grande volatilidade. Em outras palavras, seu preço varia muito em um determinado período.
É por isso que tanto se fala sobre estar a par das movimentações financeiras do mercado, pois qualquer oscilação, seja ela positiva ou negativa, você saberá reagir de forma inteligente.
Se tem uma palavra que assusta as pessoas que começam a comprar e vender criptomoedas, sem dúvidas, é “volatilidade”, um termo que se refere às mudanças que essas moedas digitais sofrem em seus valores de forma frequente e isso acontece por diferentes motivos.
A volatilidade é usada para verificar qual é a intensidade e a frequência de variação do preço de um ativo financeiro. Com as moedas digitais, isso acontece o tempo todo, sete dias por semana, 24 horas por dia. Afinal, esse é um mercado que nunca para.
Diferentemente dos investimentos, como as ações em empresas que dependem da sua performance em vendas, o valor do Bitcoin não tem ativo subjacente, por isso os preços se baseiam em especulações dos investidores em relação ao seu aumento ou queda no futuro, e sua volatilidade passa a ser intensa, tendo o preço alterado constantemente.
Um exemplo dessa volatilidade é justamente as últimas mudanças que o Bitcoin tem passado. A verdade é que desde o início de 2022 o Bitcoin enfrenta oscilações em seu preço e comparado com 2021, em que chegou a ultrapassar o valor de US$ 68.000, ele teve uma grande queda.
No início deste ano, o Bitcoin teve queda de quase 2,78%, sendo negociado a US$ 35.665, mas não é a primeira vez que uma queda brusca acontece. No início de 2021, mais precisamente entre junho e julho, a moeda passou a ser negociada com preço abaixo de US$ 30.000.
Ou seja, depois de enfrentar uma grande queda, a moeda alcançou seu valor máximo histórico, demonstrando que por mais que ele sofra quedas bruscas, ele também atinge grandes valores.
As criptomoedas estão cada vez mais envolvidas com o mercado global de ativos financeiros, por isso incertezas de cenários e mudanças econômicas mundiais influenciam muito em seu valor, inclusive sobre locais mais influenciáveis, como os Estados Unidos e China.
Por mais que a queda pareça ser típica do mercado de criptomoedas, na maioria das vezes, acaba seguindo um reflexo do mercado tradicional. Assim, ela resulta de alguns fatores, como:
Devido à inflação acelerada causada pelo desequilíbrio pós-pandemia, os governos tiveram que elevar suas taxas de juros para diminuir o consumo e enfrentar a inflação.
Assim, os investidores buscam ativos de renda fixa, que aumentaram sua rentabilidade com o aumento do juros, deixando de lado a volatilidade do mercado de criptomoedas por preferirem aplicar seu dinheiro em ativos menos “arriscados”.
A guerra na Ucrânia foi um dos principais motivos dessa instabilidade. Embora tenha aumentado a procura por criptomoedas para proteger seu patrimônio, por parte da população que está na zona do conflito, o contexto de incerteza faz os investidores globais buscarem ativos mais conservadores, o que contribui para a volatilidade dos preços dos ativos mais arriscados.
Os mercados internacionais também são impactados pelo conflito devido ao fato dos países envolvidos serem importantes fornecedores de commodities para todo o mundo, o que aumenta as incertezas.
Há uma crise de confiança que se aplica às criptomoedas. Por serem muito fragmentadas e apresentarem dificuldades regulatórias, elas se tornam ativos que carregam muitas incertezas. Porém, há uma conversa sobre o Marco Legal das Criptomoedas no Brasil e em outros países que prevê amenizar a insegurança, permitindo que as pessoas se sintam mais confiantes em comprar ou vender criptos.
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O cenário da queda do Bitcoin reflete uma série de fatores que ocorrem nos mercados globais, porém é esperado que as criptomoedas voltem a crescer. Esse é um mercado relativamente incerto e depende de possibilidades futuras, então quedas vão acontecer e podem ser grandes oportunidades para comprar moedas a excelentes preços.
Nem tudo está perdido. Pelo contrário, sempre há uma luz no fim do túnel e no caso do Bitcoin não é diferente, por isso, veja as melhores práticas para agir diante da queda:
1. Tenha calma e reveja seus objetivos com a compra do Bitcoin
Não vá pela emoção. O ideal é refletir sobre os seus objetivos com a negociação, Se deseja ter rendimento a longo prazo, as quedas podem ser excelentes oportunidades de compra e de melhorar sua estratégia de preço médio, que é a média do preço de compra de ativos relacionado a compra frequente de Bitcoin com valores diferentes em um curto período de tempo. Já se o objetivo é ganhar no curto prazo, reduzir a posição ou aproveitar a alta volatilidade para trading (compra e venda no curto prazo) podem ser estratégias eficientes, para alcançar seus objetivos.
2. Verifique a existência de riscos
Fique atento a fatores externos, como o mercado global, pois eles podem trazer riscos e mudar completamente o mercado de Bitcoin, inclusive, fazendo com que seu valor diminua.
3. Defina como agir: correr os riscos ou deixar de lado?
Seja qual for a forma de agir, o ideal é ter um plano de ação que compreenda os riscos e as oportunidades de compra e venda do Bitcoin, além de analisar o melhor local para fazer essas transações. No Mercado Pago, por exemplo, você compra Bitcoin a partir de R$ 1,00 e pode mantê-las em sua carteira ou vendê-las sem qualquer custo.
4. A venda é uma possibilidade
É difícil saber como os preços estarão a curto prazo, podendo subir ou cair rapidamente. Por isso, confie em sua pesquisa de mercado, analisando o cenário das criptos e ajuste sua posição para uma quantidade que se sinta confortável com a oscilação do mercado.
5. Considere outras alternativas de criptomoedas
Pense em outras alternativas de investimento em criptomoedas além do Bitcoin. Pesquise e estude as que estão mais estáveis no mercado e faça um planejamento na melhor forma de investir. A diversificação é sempre um caminho para reduzir os riscos.
O mercado de criptomoedas apresenta volatilidade e muda constantemente. Em situações como essa, que gerou a queda do Bitcoin, o ideal é ter paciência e principalmente, recalcular os riscos. Assim, você pode verificar quais são seus objetivos e tomar decisões inteligentes.
Pense em focar não só no presente, como também no futuro.