Quando você ouve falar de investimento, qual a primeira coisa que passa pela sua cabeça?
Não tem quem não pense em homens engravatados, com uma maleta na mão e falando sobre números. Muitas pessoas acreditam que, para investir, é preciso ser uma pessoa racional e com experiência no ramo.
Ao pensar em dinheiro, é normal imaginar que investir é para pessoas que gostam de se arriscar. No entanto, o que muitos não sabem é que as aplicações, há muito tempo, vão além disso, sendo acessíveis para muitas pessoas, mesmo para aquelas que não possuem grande conhecimento sobre o assunto.
Com o crescimento no número de pessoas que buscam entender e investir no mercado de trabalho, os vieses cognitivos se tornaram mais comuns. Embora existam desde sempre, apenas em 1972 os conceitos passaram a ser estudados e introduzidos pelos psicólogos cognitivos Amos Tversky e Daniel Kahneman.
Os pesquisadores mostraram como os vieses cognitivos são capazes de afetar tudo o que fazemos, inclusive nos investimentos. Esses conceitos afetam diretamente nossa tomada de decisão, então, entender as características pessoais nas aplicações é fundamental para evitar más escolhas e aproveitar novas oportunidades.
Vieses cognitivos são caminhos mentais que nosso cérebro usa para tomar uma decisão. Eles são desenvolvidos ao longo da nossa vida, com base nas experiências que temos, através de lembranças, crenças, pressões sociais e valores, e que afetam nossas decisões pelo resto da nossa vida.
Muitas vezes, nosso cérebro “prefere” caminhos simplificados, que não precisam de muito esforço, para que possamos tomar alguma decisão. Por meio desses vieses comportamentais, deixamos de seguir ações baseadas em fatos e de forma racional, e passamos a agir pela emoção.
Existem mais de 180 vieses cognitivos. Separamos alguns dos principais para você entender melhor como funciona:
O cérebro humano vem se desenvolvendo com o passar dos anos, sendo os vieses uma forma de adaptação que nos ajudou a sobreviver em um mundo muito diferente daquele que vivemos hoje. Com isso, muitas vezes podemos ser levados a tomar decisões irracionais sem perceber. A parte boa dessa história é que, com o tempo, podemos treinar nossos cérebros para que ele siga o caminho menos prejudicial para nós em um mundo dinâmico.
No mercado financeiro, isso pode afetar muito uma decisão de investimento. Embora a pessoa se sinta racional no momento da decisão, deixando de lado os sentimentos, o cérebro dela se comporta de maneira contrária. Isso significa que questões comportamentais podem influenciar o investidor a adotar medidas que levem a prejuízos e a aceitação de riscos desnecessários ou irracionais.
Em se tratando de dinheiro, tomar cuidado com esses vieses cognitivos é essencial. Por mais que uma ação ou investimento pareça o melhor caminho, você deve analisar diversas vezes, de maneiras diferentes, para que você possa realmente chegar à conclusão se vale a pena ou não.
Para não cair nas armadilhas que os vieses comportamentais pregam em nossos cérebros, você deve conhecer mais sobre seu próprio perfil e como você costuma tomar decisões. Na dúvida, sempre pense duas vezes antes de tomar uma decisão e tente entender se você não está sendo traído por algum dos vieses.
Pesquise sobre o tema e descubra como se blindar desses possíveis erros que o nosso cérebro nos prega. Separamos algumas recomendações de livros para você se inspirar: