Termina o mês e você tem que escolher qual boleto pagar, se vai parcelar a fatura do cartão de crédito ou não, e nem lembra a última vez que teve dinheiro sobrando para fazer compras sem se preocupar com as dívidas.
Se você está passando por alguma dessas situações ou outras parecidas, saiba que não está sozinho. A maioria das famílias brasileiras (69,7%) está com as contas em atraso, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Para quem está nessa estatística, sair do vermelho pode às vezes parecer fora da realidade, mas vamos te mostrar que é possível sim. Com as estratégias certas, você consegue quitar suas dívidas e se livrar de vez dessa dor de cabeça. Entenda agora como dar os primeiros passos!
Como se organizar para quitar suas dívidas?
Um bom planejamento e organização te ajudam a se livrar das contas em atraso e dão o aprendizado necessário para você não passar mais por isso. Veja o que pode ser colocado em prática agora mesmo:
1. Liste suas dívidas
Antes de tudo, você precisa saber exatamente quais são as suas dívidas. Para isso, você vai precisar reunir o máximo de informações atualizadas possíveis. Por exemplo: há quanto tempo essas contas existem, para quem você está devendo, os valores e juros cobrados.
Depois disso, anote todas as informações em um caderno, uma planilha, um aplicativo - o método que preferir. Nessa etapa, você vai conseguir organizar as despesas por tipo e, assim, identificar quais deverão ser priorizadas.
Lembrando que é recomendável começar a pagar as dívidas que têm juros mais altos e multas. Além disso, dar preferência às mais antigas, porque elas costumam ser mais fáceis de negociar, inclusive com boas condições de pagamento. Você pode seguir essa dica de organização:
Dívidas que envolvem bens, como financiamento de veículos;
Juros mais altos (cartão de crédito e cheque especial);
Crediários de lojas e outros itens que têm chance de negativar o seu nome;
Responsabilidades com amigos e familiares.
2. Organize seus ganhos e seus gastos
Depois que você mapeou todas as suas dívidas, o próximo passo é calcular quanto você ganha e gasta por mês. A ideia é visualizar se existe espaço para cortes e, quando possível, estabelecer um valor máximo para cada necessidade.
Por exemplo, os tipos de despesas essenciais mais comuns são: moradia, transporte, alimentação e saúde. Também existem os gastos variáveis, normalmente relacionados ao lazer, entre eles compras, passeios e viagens. Além deles, os diversos gastos fixos com pagamentos de serviços, como TV a cabo, internet e plano de celular.
3. Faça as contas de quanto precisa para quitar as dívidas
Com as finanças organizadas, você consegue calcular quanto de dinheiro a mais por mês precisa para quitar suas dívidas. É importante verificar se somente com o corte dos gastos desnecessários você terá o suficiente para economizar e planejar os pagamentos ou se vai precisar de um tempo maior para se organizar.
4. Verifique quais dívidas podem ser renegociadas
Todas as contas foram feitas e você percebeu que não tem jeito, ainda precisará de mais tempo para pagar tudo o que deve? Não tem problema! Mantenha a calma e entre em contato com a instituição financeira, loja ou pessoa física informando que deseja renegociar sua dívida.
Todos eles têm interesse na negociação e vão poder te ajudar com uma condição favorável e justa para um pagamento à vista com mais descontos ou a prazo, de acordo com suas possibilidades - ainda assim, com a possibilidade de negociar uma entrada para reduzir os números de parcelas e juros.
5. Considere fazer um empréstimo com custo mais baixo
Você também pode trocar as dívidas caras por mais baratas. É só encontrar uma instituição que ofereça melhores condições de pagamento para fazer a transferência, como os empréstimos pessoais. O objetivo é que você pague suas dívidas com parcelas que cabem no seu bolso.
Por exemplo, você pode usar um empréstimo pessoal para pagar a dívida do cartão de crédito. Dessa forma, você se livra dos juros altos e não fica mais preocupado todo mês por deixar de pagar a fatura total na data de vencimento. Mas é muito importante se organizar para não fazer novas contas e acabar acumulando o empréstimo com outros compromissos financeiros.
6. Pense em formas de fazer uma renda extra
Começar a fazer uma renda extra temporária em um momento mais crítico também é uma possibilidade. Você pode pensar em vender algo ou oferecer um serviço com que tenha afinidade, algo que já gosta de fazer no dia a dia. O importante é não encarar isso como uma obrigação, entenda se faz sentido para sua realidade e se é possível encaixar esse trabalho de forma saudável na sua rotina.
💡 Educação financeira: 6 dicas para ter controle do seu dinheiro
Como fugir de novas dívidas?
Para evitar novas dívidas, você precisa continuar cuidando do seu dinheiro, tendo sempre disciplina para controlar seus gastos e organizar suas finanças. Com o tempo, o planejamento se torna uma necessidade e novas estratégias são criadas por você mesmo para impor seus limites financeiros com a flexibilidade que você precisa.
Dessa forma, você aproveita vários benefícios, como diferenciar uma compra por impulso de uma necessidade real e evita os parcelamentos desnecessários com cartão de crédito. Ou seja, encontra mais caminhos para economizar sem sacrifícios e tem a oportunidade de começar a montar sua reserva de emergência - ideal para se proteger dos imprevistos e não cair mais no endividamento.
Controle seu dinheiro e saia do vermelho
Depois de seguir todos esses passos, você vai perceber que quitar as dívidas, além de não ser uma tarefa impossível, traz inúmeros benefícios para sua vida financeira. Afinal, quando você exercita o controle dos seus ganhos e gastos é mais dinheiro sobrando no fim do mês e dias mais tranquilos sem preocupação com a próxima cobrança.
Organize suas finanças e diga adeus às dívidas!
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